A Associação Brasileira de Cinematografia (ABC) manifesta seu mais veemente repúdio ao fechamento, ainda que provisório, do Centro Técnico Audiovisual (CTAv), órgão vinculado ao Ministério da Cultura (MinC).
O MinC informou que cogita fechar o CTAv, no Rio de Janeiro, durante quatro meses, até que o acervo seja transferido para um novo prédio. Mas, ao serem encerrados, unilateralmente, os contratos de serviços terceirizados, a guarda do acervo do CTAv deve ficar comprometida, pois necessita de ambiente climatizado e seguro para se manter.
Criado em 1985, a partir de um acordo de cooperação técnica entre a Embrafilme e o National Film Board (NFB), do Canadá, o centro era vinculado à Diretoria de Operações Não Comerciais da Embrafilme. O CTAv atua nas áreas de Apoio Técnico, Preservação e Difusão, e Formação, sendo responsável pelo empréstimo de equipamentos, pela preservação e divulgação de acervos audiovisuais brasileiros e pelo oferecimento de cursos de formação profissional, principalmente para o desenvolvimento de realizadores e realizadoras independentes, entre outras atividades.
Atualmente, o acervo do CTAv conta com 8,5 mil obras em película e 13 mil obras digitais. Além dos títulos cujos direitos detém, o CTAv é responsável pela guarda de obras coproduzidas pela Fundação do Cinema Brasileiro (FCB), pelo Instituto Brasileiro de Arte e Cultura (IBART) e pelo Departamento de Cinema e Vídeo da Fundação Nacional de Artes (Funarte). A cada mês, o centro atende cerca de 400 a 700 pesquisadores e pesquisadoras, além de escolas públicas.
O CTAv, assim como todas as entidades ligadas ao Cinema e ao Audiovisual brasileiros, precisa de manutenção, cuidado e gerenciamento contínuos.
Não ao fechamento do CTAv!
Associação Brasileira de Cinematografia (ABC)